antropóloga;
geógrafo,
brasília
 
 
 

 

 
Uma casa cheia de luz, plantas e lembranças de viagem. Cada detalhe, cada livro, cada espaço,
tudo é cheio de simbolismos para os donos daquele espaço, que mais parece um refúgio rodeado por árvores
verdes no concreto brasiliense.
 
Gabriela Berbigier, 33 anos, e Lucas Guimarães, 32 anos, moram naquele apartamento espaçoso de três quartos
na Asa Norte há dois anos e três meses. O lugar é um desses achados do Plano Piloto por causa da varanda
enorme com pátio externo, que tem cadeiras e luzes que criam um clima de aconchego para receber os amigos.

 
 

 

O tapete na entrada já avisa: “não repare a bagunça” (que nós adoramos, por motivos óbvios). O olhar do visitante, no
entanto, vai direto para os objetos interessantes da casa. O aviso na entrada comprado na Casa de Jorge Amado em
Salvador que diz: “quem é de paz pode entrar”. Ou o quadro com o retrato do dono da casa vestido de Machado de
Assis pintado por um amigo. Ou as gravuras garimpadas na internet e nas viagens. Diversos objetos indígenas,
pequenas lembranças de viagem pelo Brasil e do trabalho dos dois, ela, antropóloga, e ele, geógrafo.
 
 

“Eu nunca pensei em ter uma decoração daquelas de revista na minha casa. Eu queria que a pessoa chegasse aqui em casa e sentisse uma coisa diferente, uma energia boa. Tem muita coisa nossa e acho isso muito bom”, conta Gabriela.



 

A sala é o lugar mais usado da casa por eles e pelo cachorro Quilmes. E ali estão também os objetos favoritos.
A esteira da tribo indígena Baré, da região da São Gabriel da Cachoeira na Amazônia, que o Lucas trouxe da última
viagem, a mesa de centro que era da bisavó da Gabriela, a cristaleira que era da mãe dela. A estante de livros
que guarda as histórias favoritas dos dois. As plantas que se espalham pelo cômodo e a varanda
(entre elas um antúrio dado pela avó da Gabriela) que fazem os dois se dividirem no cuidado do verde da casa.

 

A cozinha é iluminada com uma mesa para o café da manhã de todos os dias e no lugar dos armários: caixotes feitos
pelo um artesão do Guará. No quarto do casal, a luz da manhã e as plantas do pátio compõe o cenário da janela, e poucos objetos fazer parte da decoração, entre eles um quadro de Carlos Drummond de Andrade e uma ilustração do mapa astral da escorpiana da casa.

 

O apartamento ainda conta com um escritório, que acabou de ser montado com detalhes do trabalho dos dois, e um
quarto de hóspedes com uma cama de ferro antiga trazida da casa da mãe do Lucas e pintada por ele, e uma colcha
de tricô que era da mãe da Gabriela. Tudo cheio de história e personalidade que fazem a casa ser o espelho dos donos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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